segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Lista de livros para o primeiro semestre de 2016


Atualmente estou lendo O andarilho das sombras, Stardust: o mistério da estrela e O espadachim de carvão. Em 2016, terão como possibilidades de leitura (100%) os seguintes livros não lidos de 2015:






E a lista criada especificamente para 2016 é:



Sonho Febril - George R. R. Martin
Republica de ladroes - Scott Lynch
O Temor Do Sábio  - Patrick Rothfuss
O Homem Pintado - Peter V. Brett
O gigante enterrado - Kazuo Ishiguro
O Corvo - Edgar Allan Poe
O Aprendiz De Assassino - Robin Hobb
Jonathan Strange e Mr. Norrell - Susanna Clarke
Belas Maldicoes - Neil Gaiman
Admiravel Mundo Novo - Aldous Huxley



sábado, 26 de dezembro de 2015

Impressões: Contos para ler na fila de espera


Para concluir meu desafio no goodreads, selecionei contos bem curtinhos para comentar, me aproveitando da assinatura do serviço Kindle Unlimited. Com exceção do conto do Eduardo Kasse, todos são minicontos que podem ser lidos numa fila de espera de supermercado.



Quatro Heróis e um Bardo contra a Realidade Medieval, de Rodrigo Assis Mesquita, é conto de comédia muito bem humorado e cheio de tiradas anacrônicas que zomba da nossa sociedade com classe, sem perder o charme medieval imposto pelo cenário. Quem gosta de humor nonsense, estilo adult swim, vai gostar (a história poderia ser facilmente adaptada para um esquete deste show).




O último sol poente, de Eduardo Kasse, segue a linha de apresentação dos imortais vampíricos, neste caso se tratando de um japonês. O primeiro terço do conto foi bastante confuso, por ser muito puxado para ação e apresentar personagens com nomes japoneses de difícil memorização. Transposta esta primeira parte, a narrativa segue mais calma e é possível assimilar melhor quem é quem e seus papéis na trama, de forma que a narrativa se torna belíssima ao final, e a escrita mantém o padrão de qualidade que eu esperava; especialmente nas descrições. A forma do autor trabalhar o sensorial é de uma técnica apuradíssima, sinal de grande talento e trabalho duro.



Parceiros no crime, conto de Ana Lúcia Merege, me deixou à vontade com sua escrita, da qual sou fã e já me sinto familiarizado. A trama expõe um conhecimento profundo em mitologia grega - cujas principais histórias conheço superficialmente - e uma pesquisa sobre lugares e costumes gregos para contar uma história de amor à primeira vista com bastante aventura e mistério. Como sempre, os nomes estrangeiros me atrapalharam no começo (para se ter uma ideia do modo como são tratadas as referências gregas, até Hércules se manteve Héracles, numa citação), mas logo fui me acostumando. Recomendo a todos que curtem a mitologia grega.



Estrela cadente, de Lívia Stocco, é um conto rápido, simples, engraçado e muito bem montado. As características psicológicas são o ponto alto desta narrativa em primeira pessoa, e cativa sem muito esforço. A linguagem é coloquial e o enfoque descontraído garante fluidez e concisão às ideias. Muito bom!



Os anjos não conhecem o céu, conto de Bruno Eleres, me causou uma indiferença extrema. Passado um dia da leitura, eu quis escrever este comentário sobre e não consegui. Simplesmente não lembrava de nada do conto. A escrita não possui defeitos evidentes, é a falta de voz e o enredo "pasteurizado" que tornam a leitura completamente desinteressante. Não costumo dar notas, mas esse é 3/5. Não fede nem cheira.





A ladra que roubava ladrões, de Laís Manfrini, apresenta um conceito interessante, mas a escrita contém alguns maneirismos prejudiciais à leitura; especialmente nas descrições, que se esmiúçam de maneira artificial. O enredo abrange muita coisa para as poucas páginas, e a impressão que fica é a de pressa desmedida, e os personagens são vagos e sem muita importância, apesar de conter um charme peculiar nas suas estranhezas.






O ouro da montanha, de Camila M. Guerra, possui uma escrita rica, opulenta, sufocante. O rebuscamento das frases é agradável pelo estilo, mas é feito sem medida; os adjetivos transbordam em alguns parágrafos, e o que deveria formar a imagem, acaba dificultando o processo de leitura. O enredo é belíssimo, as cenas bem montadas e texto, como um todo, é carregado de poesia. Recomendo!







quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Impressões: Limbo, de Thiago d'Evecque


Para encerrar as resenhas de 2015 (será?), mais uma história de autor nacional.



O Limbo é para onde todas as almas vão após a morte. Além de humanos, deuses esquecidos e espíritos lendários também vagam pelo plano. Muitas almas sabem exatamente onde estão e por que; a maioria, entretanto, ainda tem a impressão de estar viva. A morte é um hábito difícil de se acostumar. 
Um dos espíritos residentes no Limbo acorda sem nenhuma lembrança de sua identidade. Ele descobre que a Terra está prestes a ser destruída pelos próprios humanos e fica encarregado de enviar doze almas heroicas de volta. Elas reencarnarão no plano dos homens e tentarão reverter o quadro apocalíptico. 
Contudo, poucas almas encaram o retorno com bons olhos. O espírito deve, então, forçá-las. Armado, de preferência. Assim, resolve visitar um velho amigo: Azazel, anjo ferreiro e primeiro escolhido da lista. 
O espírito descobre mais sobre quem realmente é, ouve uma versão completamente diferente sobre a rebelião dos anjos e é presenteado com uma surpresa de péssimo gosto. 
LIMBO mistura elementos e referências de videogames, RPGs, HQs, animes, mangás, filmes, séries e livros. De Lovecraft a Final Fantasy, é uma homenagem às influências que marcaram o autor. 


Comecei a leitura bastante empolgado por conta da quantidade de elogios que Limbo possui nas páginas de avaliação, e logo no começo pude notar que não eram infundados. Em sua primeira publicação, Thiago d'Evecque assombra com sua qualidade de escrita, deixando aos entusiastas da literatura nacional de fantasia, um nome para se guardar. A escrita é bela e poética, abusando de figuras de linguagem e garantindo uma fluidez uniforme no texto. As descrições são diretamente afetadas por isso, e o livro apresenta boas representações de visual de personagens, e em certa medida de cenário também, apesar do limbo, enquanto atmosfera macro da história, acabe prevalecendo e poluindo os cenários com seu vazio escuro.

A narrativa foi a parte problemática da leitura. A sinopse é bastante sincera sobre a história do livro; percebemos pelo menos uma dúzia de referências das mais variadas, num universo de sincretismo que, (muito) ironicamente, só exclui o deus judaico-cristão da existência. A jornada é uma espécie de "12 trabalhos de Hércules", mas que se repetem exaustivamente e sucessivamente, deixando o ritmo de leitura bem prejudicado. Como se Hércules, ao invés de 12 tarefas, precisasse cumprir apenas 2, e repeti-las 6 vezes em alternância. Se dá assim: a alma imagina uma figura heroica, se materializa na moradia da mesma (que, novamente, se permeia com as brumas e aspecto do limbo), descreve tal herói e começa uma conversa com ele, explicando a situação do mundo e a necessidade do seu retorno. E, de acordo com o caso, o herói aceita sua missão de bom grado ou pela força. Pronto. São essas as 2 possibilidades que se vê durante todo o livro.



"Corte logo a cabeça deste miserável!
Eu podia. Podia mesmo. Simplesmente girar Cacá de lado e cortar o pescoço de Tabadiku em um corte limpo e preciso. Mas gosto de dar uma chance para entenderem o que está havendo com eles e com o mundo".

O trecho acima, da segunda metade do livro, demonstra que o autor conhece bem a estrutura repetitiva do enredo, e mesmo assim a usou, deliberadamente. O leitor precisa enfrentar tal obstáculo e virar as páginas para encontrar o inimigo que, numa estranha alusão ao modelo "DBZ e demais animes", é sempre mais desafiador que o anterior, ao menos os que se mostram contra o pedido de voltar ao mundo dos humanos (e não, eles não são mais desafiadores que o anterior, é a alma que está sempre mais fraca por causa dos ferimentos recebidos, o que também exige uma boa dose de suspensão de descrença, afinal ser atravessado por uma espada, por exemplo, não é um referencial válido numa escala de cansaço/sofrimento). As disputas físicas se aproveitam do talento de escrita, mas ainda caem no enfado estrutural em que se situam. Limbo é um livro cheio de qualidades, mas também de defeitos evidentes.

O que gostei:
- A escrita é muito bem trabalhada. Algo único e que precisa ser elogiado sempre.
- O número de referências é mais que suficiente para evocar simpatia de qualquer tipo de leitor.
- Há notas de todas as referências utilizadas, no final do livro.

O que não gostei:
- A narrativa é muito repetitiva.
- Personagens, apesar de diferentes, em essência significam a mesma coisa.
- A escolha de alguns personagens contradiz a escolha de outros. Se a ideia original é dar um novo rumo para a humanidade, a alma acabou dando um leque de opções bem caótico para a humanidade seguir.
- O pior defeito de todos, na minha opinião, é a utilização exagerada de frases de efeito e lições de moral, as duas coisas que mais abomino na escrita, e que me pareceram um desperdício de talento. Destaco, no entanto, que TODAS as marcações populares do Kindle são justamente algumas dessas frases de efeito.

Considerações finais:
Thiago d'Evecque presenteia o leitor com uma escrita incrível permeada de bom humor. Limbo, para mim, é um bom presságio e acrescentou mais um nome à minha lista de autores notáveis. Espero que daqui para frente a boa escrita largue o fanservice e ofereça algo original; FanFic é coisa de autor amador, e d'Evecque se provou capaz de ir além disso.






terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Impressões: Contos de Dezembro/2015


Hoje venho trazer mais impressões sobre contos fantásticos escritos por autores brasileiros. Todos foram adquiridos na loja Kindle da Amazon.



O conto Um herói para Daniel me decepcionou. Já conhecia o trabalho da autora pelas histórias fantasiosas de Bhardo, publicadas de maneira independente na Amazon, e ela se tornou um nome constante nas minhas listas de recomendações de fantasia nacional, mas neste conto ela não acertou a mão. A escrita fica confusa muitas vezes por conta de frases mal elaboradas, tem mais erros de digitação do que se pode notar e deixar passar, e a própria estrutura do enredo é mal trabalhada. A história é bonita - fala sobre bullying e amadurecimento - e quase se salva por ser destinada ao público infantil, mas não convence. Elementos narrativos rígidos e apresentados sem qualquer introdução se unem a personagens rasos (Daniel e o bully se excluem) para formar uma história sem apelo e bastante amadora.



Lobo de rua é a primeira publicação de Jana P. Bianchi e sua estréia não poderia ser melhor. A novela surpreende pela habilidade na escrita, sendo impactante no roteiro e rica nas descrições, o que é percebido na ambientação da cidade de São Paulo - mas não só nela, sentimentos são facilmente evocados nas descrições pessoais e das situações narradas. A fantasia urbana não tem grande complexidade de enredo, mas essa falta abre espaço para o belíssimo trabalho de desenvolvimento de personagem; esse aspecto me levou à impressão de estar lendo um drama, muito mais que uma fantasia. A história de Tito e Raul funciona como um prólogo muito bem montado, mas também se encaixaria tranquilamente como um apêndice para o que, eu imagino, virá da Galeria Creta, pois Lobo de rua possui começo, meio e fim. Com ressalva a três ou quatro exageros que acabaram tirando efeito em suas frases, a qualidade da escrita é impecável, garantindo mais uma autora para minha lista de favoritos. Fervorosamente recomendado!




Por último, Ao som de uma canção de amor você sangrava. Nesse conto de Eduardo Kasse acompanhamos Diodoros, um vampiro grego hedonista e narcisista num diálogo de um lado só. Ele conversa com o personagem/leitor (por isso o "você" no título, muito sagaz!) e conta sua transformação em vampiro. A linguagem é de fácil assimilação, mas é evidente que não se construiu sem esforço, pelo requinte de vocabulário e detalhes apresentados; o trabalho de pesquisa do autor é quase palpável. As cenas, bem conduzidas, formam um enredo enxuto, agradável e com ares poéticos de grande impacto. Um conto incrível!





sábado, 5 de dezembro de 2015

Impressões: A ilha dos ossos, de Ana Lúcia Merege


Mais um pouco e terei lido 100% do que ela publicou. O livro do post é sequência direta de O Castelo das Águias e é o segundo da série Athelgard de Ana Lúcia Merege. Vamos à sinopse e minhas impressões.



Após ter derrotado seu maior rival, o mago Kieran de Scyllix deseja apenas deixar para trás seu passado de guerras e segredos e ser feliz ao lado de Anna. No entanto, a sede da jovem Mestra de Sagas por conhecimento e aventura nem sempre torna as coisas fáceis para o casal.
Durante uma viagem para encontrar uma confraria de bardos, ela desaparece misteriosamente, e Kieran é obrigado a seguir suas pistas através dos pântanos e mares de Athelgard. Pelo caminho ele irá encontrar aliados improváveis – barqueiros, religiosos e uma trupe de saltimbancos – e enfrentará piratas e guerreiros, além de se deparar com seres que até então só vira em antigos livros de Magia. E a maior surpresa de todas o aguarda no destino final...
A Ilha dos Ossos, romance fantástico de Ana Lúcia Merege, é o segundo da série iniciada por O Castelo das Águias (2011) no mundo de Athelgard. Inspirado nas lendas celtas e com grande sensibilidade artística, a autora cria personagens que habitam esse mundo que parece vindo de contos de fadas, mas nem sempre com finais felizes.

A sinopse é honesta, então não há necessidade de explanar o mote do livro, mas há um aspecto geral que é preciso citar, em contraponto ao primeiro livro: a locução muda de Anna para Kieran, e as diferenças de narração são enormes de um livro para o outro. É importante que isso fique bem claro antes da leitura a seguir, pois muito do que observei na minha análise está atrelado à percepção do narrador.

O enredo é muito mais tradicional ao que se vê no gênero fantasia, e a busca de Kieran é facilmente associada a uma aventura, no sentido de ter elementos de mistério, ação e progressão bem evidentes; a história perde o ar de "slice of life" do primeiro livro. A progressão, aliás, merece um reforço no elogio, pois é feito um encadeamento tão coeso de cenas que é impossível se perder na narrativa, a própria organização (e nomes) dos capítulos já dá a ideia de que a aventura segue sem deixar nada perdido para trás. A visão prática do mundo que Kieran possui afeta narração tanto positiva quanto negativamente, e um exemplo do primeiro caso pode ser visto neste trecho:

"Naquela noite, ceei numa mesa comum, com viajantes provenientes de Erchedel e de Malkin. Esta era conhecida como “cidade do pântano”, por isso procurei saber se os homens fariam o mesmo trajeto que eu, mas foram veementes em dizer que preferiam ir por terra, ainda que isso lhe custasse um desvio de vários dias. O pântano era assombrado, afirmaram, principalmente nas proximidades do mar interior. Só os barqueiros da Aldeia dos Juncos tinham coragem de atravessá-lo".

Conciso e útil. Em um parágrafo a autora sintetizou informações suficientes para o leitor saber do local que se apresentava e qual seria o próximo passo de Kieran: buscar os barqueiros da Aldeia dos Juncos. E tudo isso se encaixando com o perfil do personagem! Esse é um exemplo de qualidade na escrita!

A parte negativa da visão de Kieran se revela nos trechos de descrição, que na verdade não são tão diferentes em suas construções dos demais textos da autora, mas espero conseguir demonstrar meu ponto de vista com duas passagens:

"Os muros do templo eram de pedra e bem sólidos, mas seus portões eram de madeira: tábuas grosseiras e carcomidas, reforçadas com barras de ferro e fechadas com trancas por dentro. No pátio havia apenas um edifício em pedra, possivelmente o alojamento dos Prestes, já que os ritos em honra de Thonarr são realizados a céu aberto. As outras construções eram de adobe, à exceção de um cercado de madeira com meia dúzia de cabras".

A descrição acima é boa, funcional e traz o relevo necessário nas palavras utilizadas para formar uma imagem concreta do que se quer passar. Não há mais o que fornecer para o leitor. No geral as descrições são boas, porém há alguns casos em que a pressa de Kieran toma conta do texto, e surgem coisas assim:

"(...) eu estava coberto de lama, e os mosquitos me picavam sem dó. Pensei em desistir da exploração e retornar, mas depois pensei que uma praia tão longa merecia ser examinada e caminhei um pouco mais, tomando cuidado para não pisar em nenhuma outra armadilha do pântano".

A primeira frase revela o estado físico dele. Em seguida, uma oração esgota o que há para se dizer da situação psicológica do personagem e já se emenda com o retorno ao cenário e a segunda frase é concluída com a ação decorrida no ambiente. Que loucura, que brevidade, o leitor precisa de mais! Estou errado em atrelar o erro da pressa à figura do narrador, já que no exemplo anterior a descrição é eficaz? Talvez, mas pessoalmente eu consigo ver a mesma situação narrada por Anna de Bryke, consequentemente com duas ou três frases a mais, aliviando a rapidez da narrativa só com a sua voz.

Em relação aos personagens, eles são muitos e novamente inéditos, porém não sofri com a memorização dos mesmos, justamente pela progressão da história, que separa muito bem as cenas (e os personagens que nelas atuam), sem que seja necessário assimilar dezenas de uma vez só, que somem e reaparecem no mesmo lugar, como era a convivência no Castelo das Águias e seus arredores. Os núcleos são bem definidos e se mantêm verossímeis no ambiente em que se apresentam. Na parte de construção psicológica, apenas em um momento senti um toque de caricatura, quando uma família inteira de fazendeiros é estereotipada como "vilanesca" e unidimensional, porém eles surgem no capítulo chamado "Um ninho de serpentes", então eu posso estar sendo injusto, querendo um desenvolvimento em quem realmente não deveria haver.

A ressalva maior que faço enquanto à diversão do livro, que é abundante desde o começo, é no final, após o clímax e antes do encerramento. Simplesmente demora demais. Talvez pela necessidade de um final feliz pleno, temos que passar por uma segunda fase do clímax, em que não só os vilões principais reaparecem, mas também outros de índole ruim surgem para o acerto de contas absoluto! E acaba? Não, há também a terceira fase do clímax, que existe para fazer ligação com um dos contos da autora que também se ambienta na Ilha dos Ossos. Só depois de tudo isso a trama baixa o frenesi e retoma o passo para a finalização do enredo, que é feito trazendo mais novidades e um gancho para mais coisa que virá no terceiro livro da saga. 

O que gostei
- Personagens incríveis, numerosos e bem construídos.
- A aventura e o enredo geral é muito bom.
- A progressão é o ponto mais alto da história, o que garante um excelente ritmo, apesar da quebra entre o clímax e o desfecho.
- O mundo de Athelgard cria mais vida com os tantos locais apresentados, o universo ganhou muito com este livro.


O que não gostei
- Os Behzov e sua função na trama.

Considerações finais
A ilha dos ossos é um livro excelente, com um ritmo que precisa ser estudado por outros brasileiros que gostam de escrever e, em suma, mostrou que Ana Lúcia Merege continua trazendo literatura de qualidade para seu público, sem precisar fazer malabarismos no universo fantástico que ela criou. O livro, em última instância, nos ensina porque Kieran precisava embarcar nesta viagem incerta em busca de sua esposa. Nas palavras dele: "Porque era ela que me fazia desejar ser bom, mais do que apenas justo."