sexta-feira, 12 de abril de 2013

Impressões: A fantástica história do Mundo de Bhardo - Octoforte e os Objetos Supremos, de L T R Stocco



Sinopse

O que você faria se um poderoso feiticeiro trancasse com magia o portal para sua casa?
Até onde você iria para conseguir o poder para desfazer esse sortilégio?
Você cruzaria seu mundo através de sombras e de perigos, só para rever aqueles a quem você ama?
Nesta aventura, sete jovens sentinelas da decadente Octoforte terão que superar seus medos e diferenças para cruzar o sombrio Mundo de Bhardo e conseguir reunir os Objetos Supremos, cujo poder é a única esperança que eles têm para desfazer a magia do misterioso bruxo Zebarãn. Mas ir contra os desígnios desse feiticeiro pode ser muito mais perigoso do que eles imaginam…


A fantástica história do Mundo de Bhardo - Octoforte e os Objetos Supremos é um livro infanto-juvenil e todos os aspectos que vou abordar aqui estão intrinsecamente relacionados a essa condição. O livro conta a história exata do plot descrito na sinopse. Um grupo de jovens passa por uma seleção acirrada e são colocados como sentinelas de certos portais que unem os diversos mundos à fortaleza que eles usam como morada. O vilão da história aparece e tranca estes portais, isolando os jovens no mundo de Bhardo. A partir daí, acompanhamos a viagem desses amigos para reunir Objetos Supremos, supostamente a maior chance deles para reabrir o portal e voltar para casa.

A influência de Tolkien é palpável até, pois a história usa muito das nomenclaturas da língua antiga de Bhardo, e o leitor não consegue se desvencilhar de uma comparação, ao menos com esse estilo de criar um mundo e sua própria língua. Como não sou muito bom de memória, achei que isso ia me atrapalhar na leitura, mas a autora soube dosar bem a quantidade de vezes que apareciam os nomes e suas explicações, de forma a fixar na cabeça do leitor sem ficar repetitivo (aqui vejo um ponto muito positivo com relação ao público IJ).

As personagens são bem definidas, cada um com sua personalidade e passado histórico. Isso ajuda no acompanhar da trama e como são todos bem diferentes, o leitor sempre vai achar um para ser o seu favorito. Particularmente achei a Jhade bastante apagada na história, mas como ela é "a quieta e mais retraída", achei que isso ficou de bom tom e condizente, mesmo que a autora não tenha feito isso propositadamente.


Ao fim do livro, o leitor para na metade da história, ou assim eu suponho, afinal eles só conseguem metade dos Objetos Supremos, o que foi um decepção para mim. Não gosto quando livros terminam sem fechar suas histórias (por isso mesmo eu fico com pé atrás ao ler séries literárias), mas no decorrer da leitura eu já tinha notado que não daria tempo de fechar tudo naquelas poucas páginas restantes, então eu já cheguei ao final sabendo que "não seria o final", então a decepção não foi tão grande.

As descrições são bem feitas e mostram que a autora realmente pensou a fundo como seria o mundo de Bhardo antes de escrever o livro. O mapa (disponível no blog) e o apêndice no fim do livro mostram o background necessário para entender melhor o decorrer da passagens e dos locais visitados.
A narrativa eu achei satisfatória porém inconstante. Em certos momentos, necessitando de melhorias, mas em outros eu li e fiquei perplexo com a fluidez e naturalidade da escrita.

O que gostei:

Personagens bem definidos.
Leitura rápida e envolvente.
Foco na história, sem enrolações.

O que não gostei:

Algumas passagens da narrativa, com uso excessivo de adjetivos.
O livro terminar na metade, rsrs.
Um personagem é chamado de gênio durante toda a história, mas não deu motivo algum para ser considerado genial. CORREÇÃO: A Lívia me explicou que o gênio não é o adjetivo de genialidade, e sim a nomenclatura dada ao povo a que pertence o personagem, algo como o "gênio" de Alladin.
Não chegou a me atrapalhar a falta, mas um glossário no fim do livro poderia ajudar a quem precisasse.


Considerações finais:

A fantástica história do Mundo de Bhardo - Octoforte e os Objetos Supremos é uma grata surpresa, principalmente se for levar em conta que é um livro nacional de fantasia para o público infanto-juvenil. Mesmo eu não estando na faixa etária do públcio-alvo, aproveitei bastante e recomendo aos adultos que, como eu, conseguem se despir de preconceitos e aproveitar uma obra como Caverna do Dragão ou AVATAR: o último mestre do ar. Acreditem, o livro não deixa nada a dever se comparado a eles, e até compartilha vários elementos.


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