sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Impressões: Guerra nos Nove Mundos, de Jaco Galtran



Sinopse:
"Os cavaleiros de Niflheim espalham terror por onde passam. Gigantes, orcs e toda a sorte de criaturas malignas multiplicam-se pelos Nove Mundos como pragas. Contando com a fé nos deuses antigos e no deus Balder, e guiados pela ímpeto aventureiro digno dos mais nobres heróis, não faltam aqueles que optam por viverem em defesa da justiça. O choque entre essas as duas forças gera constantes guerras nos Nove Mundos. Mas em algum lugar dos subterrâneos, um incomum grupo trava uma guerra ainda mais profunda e terrível: o confronto com seu passado. Uma batalha feroz contra suas fraquezas, medos e inseguranças. Uma jornada em busca de um propósito para suas existências, uma paz interior que talvez possa ser o único consolo em um mundo em que as guerras parecem não ter fim."

Guerra nos Nove Mundos é um conto de alta fantasia, que narra o isolamento de um elfo bardo numa gruta de uma cadeia montanhosa e os acontecimentos que decorrem neste local. Juntando-se a uma companheira elfa e um paladino desconhecido, eles exploram os meandros de algo que pode ameaçar toda a paz no mundo. Tanto as personagens quanto o teor e desenvolvimento da história mostram a grande influência dos RPGs de mesa, como a divisão de classes e raças.

O que gostei:
-O autor demonstra grande desenvoltura com as palavras e um vocabulário certeiro, características essenciais para a sucintez de um conto e que sinto falta em muitos autores contemporâneos, inclusive faltam neste que vos escreve.
-Habilidade em definir os personagens, especialmente psicologicamente. Novamente é um ponto a ser ainda mais exaltado quando se leva em conta o fato de ser um conto, muito mais curto e rápido que uma novela ou romance.
-Criatividade para criação dos nomes e do mundo em geral, mas devo ressalvar que não sou muito conhecedor do mundo dos RPG de mesa, então pode ser que já seja algo existente como as raças e classes derivadas dos jogos. Para mim, foi uma grata novidade.

O que não gostei:
-Não consigo pensar em algo que desaprovei na história. Apenas deixo claro que não vi uma grande ligação do conto com seu título. Faz mais sentido se pegarmos a ideia do título e, ao ler a sinopse, abstrair esta ideia e se preparar para algo novo e não necessariamente relacionado com a tal guerra ou com os nove mundos. 

Considerações finais:
Jaco Galtran está de parabéns, não foi a primeira coisa que li do autor e já esperava um texto de qualidade. Um conto muito bem escrito e que prende o leitor, especialmente quem tem afinidade por histórias de RPG e do gênero capa e espada. Apesar da história ser fechada e não deixar gancho para uma continuação, o leitor se vê no final desejoso por algo mais daquele mundo, querendo saber o que diabos acontece fora daquela cadeia de montanhas, e esta vontade provavelmente será saciada com O Legado de Lyraan, mais uma história do Jaco, passada no mesmo mundo.

O Legado de Lyraan pode ser adquirido na Amazon, e contém a versão revisada de Guerra nos Nove Mundos aqui no link: Amazon

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Impressões: O Nevoeiro, de Stephen King

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The Mist (O mistério) conta a história de uma pequena família de uma cidadezinha americana, que passa por uma tempestade descomunal durante uma noite em sua casa próxima a um lago. Após o término da tempestade, surge uma misteriosa neblina branca que começa a se propagar pela cidade. Contar mais que isso poderia ser spoiler para os mais radicais.

Este foi o segundo livro do SK que li, e admito que foi por pura insistência, afinal o primeiro tinha sido o péssimo controverso O Pistoleiro. Indignado com a qualidade tão ruim do dito "mestre do terror", resolvi dar outra chance e peguei O Nevoeiro para ler. O que consegui foi um tremendo livro de suspense, digno da fama do escritor. Não é perfeito, tem algumas coisas que realmente não gostei, mas as partes assustadoras realmente compensaram e me fizeram dar uma nota máxima lá no skoob. 

Detalhe: O começo é bem tranquilo, mesmo a passagem da tempestade não me causou nenhuma empatia com a escrita, mas fui adiantando a leitura colocando músicas tenebrosas como background, o que caiu muito bem quando a história se joga para o lado do terror, e talvez isso tenha ajudado na atmosfera e influenciado minha nota máxima.

Tipo de música assustadora que coloquei de fundo


O que gostei:
-Escrita fluída, sem muita enrolação desnecessária
-Ótima dosagem entre suspense e terror, apesar de ter gostado mais do clima de tensão que precede o "susto"
-Coerência dos personagens e seus papéis na narrativa

O que não gostei:
-As personagens secundárias masculinas muitas vezes pareciam ser mais do mesmo, mudando apenas o nome, e admito que terminei o livro sem saber diferenciar alguns deles
-Inexatidão na descrição de algumas cenas, o que me fez ficar momentaneamente confuso sobre certos acontecimentos

Considerações finais:

Não sei dizer se este é um ótimo livro do King, mas sei que é um livro de terror/suspense muito bom, recomendo a quem não leu e admito que fiquei com vontade de ver o filme, descobri que já saiu em DVD. Espero que o filme de O LEVOEIRO seja tão bom quanto a leitura (será? hehe).



PS: Justificando meu post anterior com as leituras, digo que não expus minha opinião sobre O Pistoleiro e Cidade dos Ossos pois não gostei dos livros, e não quero perder tempo falando/escrevendo mal sobre alguma coisa. O idiota ainda estou lendo, é bem grandinho e até agora está muito bom. =D