terça-feira, 25 de outubro de 2011

O desânimo e a volta por cima

Estou meio desanimado agora. Faculdade tá acumulando, vou ter 2 provas num dia só e em campus diferentes, preciso me organizar para o lançamento de uma antologia que estou participando, e ainda tenho que começar a escrever um novo livro.
A ideia do livro já não é novidade para mim, há uns meses que venho organizando na cabeça, mas agora que chegou a hora de pôr a mão na massa, bate essa incerteza. Fico entre começar a escrever e adiantar a matéria da faculdade, termino que não faço nem um nem outro.
Estou também pensando em procurar parcerias para o blog. Embora esse não seja exclusivamente literário, vou postar coisas pessoais, tenho que escolher bem as parcerias.
Por enquanto é só isso, vou ver se começo a escrever aqui, até mais.

domingo, 23 de outubro de 2011

A reação presente e a reação futura

Ele chegou o mais rápido que pôde. Até ultrapassou alguns sinais fechados, mas só depois de ter certeza que não morreria nessa imprudência. Quando chegou a casa, seu vizinho Gilberto já estava na calçada, afoito.

- Eu ia ligar pra ambulância também, mas sua mãe falou que você estava aqui perto...

Ele sai do carro correndo, não tirou nem a chave. Os dois entraram e lá estavam as duas caídas no chão. A esposa, desacordada, de bruços no tapete e a mãe dele, meio torta, desmaiou quando estava apoiada numa cadeira de madeira. Não chegou nem a cair, foi deslizando devagar até parar no chão, meio desengonçada.

Na porta do hospital, os enfermeiros levaram as duas, e ele ficou preenchendo papéis. Percebeu que a mão tremia, a caneta não parava quieta. Esperou, esperou. Sentiu vontade de fumar um cigarro, mas era proibido lá dentro. E também não tinha nenhum cigarro, afinal de contas nem era fumante. A mãe dele tinha problema respiratório, já não lembrava de muita coisa, sofria com osteoporose... Tomava quatro comprimidos por dia. Até que não estava tão mal. E a esposa? Nunca apresentou problemas de saúde, um desmaio repentino é para se preocupar.

O médico finalmente o chama. A mãe faleceu. Ele chorou, e depois pensou. E continuou chorando. Um tempo depois, foi chamado para o quarto onde estava a esposa. Ele passou no banheiro antes, para lavar o rosto e se recompor. Quando chegou ao quarto, ela estava bem. Não parecia ótima porque ninguém fica ótimo numa cama de hospital.

- Você vai ser pai – ela disse chorando de felicidade.

Pessoas diferentes pensam diferente, e principalmente, lembram diferente. Alguém pode lembrar-se deste dia com dificuldade, como sendo o dia em que recebeu a melhor notícia da vida, e que sua mãe finalmente conseguiu o descanso merecido, após uma vida dura e satisfeita. Outra pessoa lembraria esse dia fortemente, cada segundo dele, pois foi o dia mais triste de todos. A notícia do filho foi uma dádiva, porém ele já havia perdido o pai; perder a mãe tão de repente, sem aviso, simplesmente ele perdeu a única chance de dizer tudo que gostaria. Será que era a única mesmo? Foi um dia muito triste.

O jeito que você age, as coisas que fala, daqui a vinte anos vai se lembrar com saudade e satisfação, ou com pesar e arrependimento? Ainda é tempo de escolher como você vai se sentir no futuro, pois no presente, não dá para controlar. Sobra apenas a dúvida de qual notícia pesa mais.

sábado, 15 de outubro de 2011

Me rendo ao blog

Usarei esse espaço para escrever contos e crônicas.

Caso tudo corra como eu planejar, logo estarei escrevendo uma série de contos chamada "Guerra Pessoal em Território Alheio".

Só isso mesmo.