segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Impressões: O dragão de gelo, de George R. R. Martin


Este é o primeiro post de uma leva vultosa de Impressões de obras curtas que pretendo ler este ano. Após estabelecer uma meta de leitura, notei que seria impossível cumpri-la se todas as leituras fossem romances de cerca de 400 páginas, então juntei o útil ao agradável: já estava nos meus planos diminuir a lista de quadrinhos pendentes, bem como ampliar a quantidade de autores brasileiros no meu rol de lidos, e que oportunidade melhor para realizar essas minhas vontades, senão unindo as leituras curtas de HQs e contos à meta anual? Pois bem, muitas das próximas postagens de impressões serão sobre hqs e contos, a maioria de BRs. Agora, sem mais delongas, vamos à minha opinião sobre o conto infantil (será?) do autor das Crônicas de gelo e fogo. Sinopse abaixo.

O Dragão de Gelo


O Dragão de Gelo - O dragão de gelo era uma criatura lendária e temida, pois nenhum homem jamais havia domado um. Quando sobrevoava o mundo, deixava um rastro de frio desolador e terras congeladas. Mas Adara não tinha medo. Pois Adara era uma criança do inverno, nascida durante o frio mais intenso de que alguém tinha memória. Adara não se lembrava de quando viu o dragão de gelo pela primeira vez. Parecia que a criatura sempre estivera em sua vida, avistada de longe enquanto ela brincava na neve gelada durante muito tempo depois de as outras crianças terem fugido do frio. Aos quatro anos ela o tocou, e aos cinco montou no dorso imenso e gelado do dragão pela primeira vez. Então, aos sete anos, em um dia calmo de verão, dragões de fogo vindos do norte desceram sobre a fazenda pacífica que era o lar de Adara. E apenas uma criança do inverno e o dragão de gelo que a amava poderiam salvar o seu mundo da completa destruição.


Estou meio incomodado de fazer esta resenha, pois não acredito que haja muito que falar além do que já é dito na sinopse, a não ser opinar sobre. E como não quero ficar enrolando, vou efetivamente retirar a parte em que falo da trama e dar logo meu veredito: É BOM. Eu não tenho a mínima vontade pessoal de começar a ler a série literária principal do Martin, por ainda não ter um final, e por preguiça (sério, eu vejo o tamanho dos livros e penso logo na quantidade de meses que levarei para ler tudo E AINDA NÃO VER O FINAL DA HISTÓRIA!!!). Mas a pressão social exige, e por causa dela, volta e meia eu dou uma follheada na livraria, ou pelo menos fico admirando as capas, só por desencargo de consciência.

Eis que me surge o tal conto! O Jorge Martins lançou algo curto, rápido e fechado! Agora sim, eu poderia ler algo do velho e acabar com o peso na minha consciência, afinal como é que eu poderia, enquanto escritor de fantasia, não ter lido NADA do indubitavelmente mais famoso autor vivo do gênero? Exato, e lá fui eu ler o tal conto, com expectativas muito esquisitas (pois não era o que eu devia estar lendo para sanar a minha expectativa original). Eu peguei o livro, sentei no sofá, e poucas horas depois - duas, talvez - eu tinha concluído. E o livro é bom! A escrita é boa! E é uma história tão simples e rápida que nem vale a pena explicar, apenas vão e leiam durante o tempinho que a fila do banco não anda.

Esse post está tão mixuruca que eu preciso até falar mal um pouco do livro. Não tenho realmente um motivo para isso, mas não sei, acho que se a história fosse boa ao ponto de eu não ter nada para falar mal dela, eu simplesmente abriria o Blogger e escreveria maravilhado parágrafos e mais parágrafos, e cá estou eu enrolando para ver se o post rende. E é por isso que agora vou falar mal da história de Adara: ela não é impressionante demais. Você vê o que acontece com ela ao nascer e crescer, seu cotidiano, sua família. Tudo é bonito, bem escrito, mas fica por aí, você não vai se surpreender com o livro. Acho que após chegar a esta conclusão forçada, já posso fechar o post: este é o ponto fraco do livro, não me impressiona o quanto deveria! Mas se eu fosse uma criança - como a história gostaria que eu fosse - isso seria diferente?




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