Estou realmente sem tempo. Dei uma pausa no livro que estou escrevendo, parei com a divulgação de O Homem sem Signo, e não tenho nem lido livros. Provavelmente continuarei desse jeito até o final de maio, então é possível que eu não poste nada até lá. Aliás, postarei, mas serão apenas contos que já estão escritos e salvos no meu HD. Talvez um por semana, isso sendo MUITO otimista.
Aqui vai um que escrevi no fim de 2012. Peguei o mundo steampunk, com sua ambientação vitoriana "pitoresca" e suas belas mulheres com espartilhos e saias rodadas (acho isso muito sensual), e imaginei como colocar um menino interagindo neste mundo. E o que saiu foi:
Vapor, fumaça e perfume
Sob
a luz da lamparina, Victor desenhava algo que se assemelhava à roda de um
automóvel. Contrariando as regras do desenho, ele não construía o esboço que
serviria de estrutura para o desenho. Preferia detalhar toda a parte que havia
começado, para só então passar adiante. Pouco ortodoxo, talvez, mas o garoto
tinha talento e aos 12 anos era difícil ter de apagar todo o desenho por errar
na composição. Naquele início de noite ele riscava o papel com a destreza
costumeira, até que ouviu o barulho da porta se abrindo. Correu até a sala da
casa, onde pegou o seu avô ainda entrando.
-Olá,
Victor! Acenda alguma vela, por favor. Só porque trabalho na mina não significa
que consigo enxergar no escuro – o garoto prontamente iluminou o lugar – Agora
está bem melhor! Trabalhou no automóvel, como lhe pedi?
O
avô retirou as pesadas luvas de algodão grosso e começou a longa série de tapas
na roupa, para retirar parte da sujeira acumulada. Ao final, deu uma sacodida
na barba grossa lançando partículas no rosto de Victor, que logo tratou de
limpar.
-Eu
fiz quase tudo, só não consegui ajustar o movimento das rodas dianteiras.
Tentei durante um tempão, mas elas não ficavam no lugar, então desisti!
-Ora,
moleque, algo tão simples! Vamos lá que resolvo isso num minuto.
Os
dois seguiram para os fundos da casa, onde havia uma oficina simplificada.
Norman deitou-se no chão e se arrastou até conseguir um bom ângulo de visão.
-Não
tem nada de errado aqui, você apenas não se empenhou o suficiente. Traga-me a
lanterna, que esta vela não ajuda muito aqui embaixo.
Victor
relutou em pegar a lanterna, afirmando que a mesma nunca funcionava, mas acabou
entregando a seu avô, que demonstrou o funcionamento. Para produzir luz, a
manivela devia ser girada lentamente no começo e aos poucos ganhar velocidade,
assim em questão de poucos minutos o filamento incandesceu e a lanterna
iluminou toda a oficina.
-Viu
só como é fácil? Você não consegue porque não presta atenção, ou gira rápido
demais ou lento demais. Agora vou ajustar isso de uma vez.
Seguiu-se
uma sucessão de arfadas e sons de batidas metálicas, e finalmente o velho saiu
debaixo do automóvel. Tinha a barba cheia e ainda enegrecida pela sujeira, era
corpulento e alto, mas não botava medo em ninguém, pois sua careca e olhos
risonhos denunciavam se tratar de uma pessoa muito amável. Os dois voltaram
para dentro da casa, onde o avô explicou:
-Não
tinha nada de diferente ali, apenas o encaixe era muito apertado, por isso você
não conseguiu apertar as peças. As rodas precisam estar muito bem ajustadas,
não pode ser como no resto do carro onde você apenas deu um apertãozinho. Já
pensou se as rodas viram para lados diferentes? Ele quebra na mesma hora!
Agora
vá fazer um chá para mim e depois durma, pois amanhã acordaremos cedo para
fazer um teste com ele.
Enquanto
a chaleira fervia água, esquentava também o sangue correndo nas veias de
Victor. Após anos de trabalho, finalmente o automóvel estava sendo terminado.
Seria o primeiro da vila, e motivo de orgulho para os dois moradores do casebre
no topo da colina Bentley.
No
dia seguinte, eles acordaram cedo para fazer o teste. Sentados no banco rígido
– da melhor qualidade, e comprado numa verdadeira pechincha – os dois gritaram
de emoção quando deram a partida e o motor roncou alto. Lentamente ele começou
a se movimentar, chacoalhando mais que a velha maria-fumaça que passava na vila
em direção à cidade de Leopold. Norman saltou do assento para o chão, “Vamos,
quero ver você dirigindo”, gritou. Victor arrastou-se lateralmente pelo banco
até alcançar o volante. Mesmo lento, ao ponto de Norman acompanhar com
facilidade a pé, Victor sentiu-se feliz como nunca, em guiar uma máquina tão
grande, que fazia tanto barulho e chacoalhava freneticamente.
-Agora
que está funcionando perfeitamente, só precisamos completar o câmbio e ele vai
rodar mais rápido que qualquer cavalo. Quero que você vá até o comércio central
e me traga as peças que faltam.
Durante
a tarde, quando Norman já tinha partido para a mina, Victor saiu com os itens
anotados, ansioso para voltar e terminar a construção do automóvel. Chegando ao
centro da vila, porém, foi tomado de grande decepção quando soube do
comerciante de máquinas que as peças não existiam ali, e ele ainda não tinha
prazo para ir até Leopold, onde conseguiria compra-las.
Desanimado,
Victor prostrou-se na sombra de uma árvore sem vontade alguma de voltar para
casa. Foi vendo o menino mandriar que o dono da pensão gritou seu nome:
-Ei,
Victor! Seu avô sabe que anda vadiando por aí? Venha, me dê uma mão aqui. O
ajudante não apareceu hoje, estou totalmente atarefado. Leve essas malas até o
quarto 12, no segundo andar.
Victor
seguiu desajeitado, com três malas empilhadas nos braços, quase a tapar sua
visão. Após subir cuidadosamente as escadas, bateu na porta para anunciar a
chegada, mas não obtendo resposta, entrou sem fazer cerimônia. Quando terminara
de posicionar as malas no canto de uma parede, foi surpreendido pela voz que
vinha do lavatório.
-Você
trouxe as malas? Espere sentado aí que vou te dar umas moedas, garoto.
O
tom feminino pegou Victor de surpresa, apesar de que ele podia ter deduzido ao
olhar a cor vibrante da mala que havia acabado de colocar no chão. A mala
grande era de um vermelho extremamente chamativo. Enquanto esperava sentado na
cama, notou uma grande bolsa aberta em cima de uma mesinha, de onde se via
algumas bugigangas, joias visivelmente de pouco valor, e um porta-retratos com
a foto de uma bela mulher loira, de boca avermelhada e olhos bem arredondados.
Tomado de um controle hipnótico, Victor se espichou tentando ver mais da
imagem, sem contanto levantar da cama. A mulher saiu do lavatório e percebeu a
curiosidade dele.
-O
que está olhando? – Victor negou o olhar, mas acabou pedindo desculpas logo em
seguida – Gostou das minhas joias?
Ela
colocou uma volta no pescoço e anel no dedo, fazendo a mesma pose da
fotografia. Victor salivou um pouco ao ver aquela bela mulher tão de perto, com
os cabelos loiros molhados e presos, a pele ruborizada de calor, em que o
pescoço fino traçava um caminho delicioso que seguia a volta dourada até o
busto insinuado pela camisola decotada que vestia. Os seios tinham uma fina
camada de fuligem por cima, mas eram redondos e firmes; o olhar fixo do menino
só foi quebrado pela pergunta da mulher:
-Você
trabalha aqui no hotel? – ela já havia notado a timidez do garoto, e resolveu
brincar um pouco – Bom, já que você está ajudando hoje, vá até a banheira e
pegue a esponja úmida que eu estava usando agora a pouco.
Victor
sentiu um perfume extasiante dentro do lavatório, mas apenas pegou a esponja e
saiu sem demora, entregando à mulher. Ela apanhou a esponja delicadamente e
espremeu na altura das saboneteiras, fazendo a água escorrer por entre os
seios, dando a eles um brilho ainda mais atraente.
-Limpei?
-S-sim...
Ainda tem um pouco de fuligem, mas tá tudo bem...
-Aonde?
– uma risada faceira escapou e ela baixou os olhos até o decote e com os dedos
puxou a gola da camisola, aumentando o decote.
Induzido
e sem resistência, Victor levou os dedos trêmulos até o seio, onde
vagarosamente passou a mão, tirando a fuligem sem pressa. Quando não havia mais
sujeira, ele empurrou sorrateiramente a mão para dentro da camisola, tentando alcançar
o máximo que podia antes de tirar a mão, mas antes dele puxar de volta, ela
apertou a mão dele contra o seio. Foi quando ele finalmente levantou os olhos e
percebeu que ela o olhava intensamente.
-Você
é bem danadinho... – disse ela baixinho, e encostou os lábios rubros na boca do
menino. Soltou a mão dele, que foi recolhida, e perguntou – Qual seu nome?
-Victor.
-Meu
nome é Lancia, Victor, muito prazer.
Lancia
puxou Victor para dar um abraço, e quando ele encostou o queixo nas costas
dela, sentiu novamente o perfume que inebriava a alma, de tal forma que
timidamente aproximou a boca do pescoço nu de Lancia e com a língua para fora,
tocou o pescoço dela. Sem indício de desaprovação, ele encostou a boca e provou
daquela carne suculenta, sugando o máximo que podia daquele sabor enquanto ela
passava as mãos no seu cabelo, acariciando-o.
Os
dedos então se fecharam com força, e o beijo foi interrompido, com a cabeça
sendo puxada para trás.
-Já
está bom, mocinho. Tenho todas essas malas para arrumar, não vê?
Enquanto
disfarçava para secar a boca, Victor recebeu os trocados que lhe tinham sido
prometidos, e um convite para voltar noutro dia, pela tarde. O menino desceu as
escadas tão rápido quanto teria rolado, e disparou pela porta da frente da
pensão, sem dar ouvidos aos agradecimentos do dono.
Correu
para casa num ânimo incontrolável, e naquela noite custou a dormir, pensando em
voltar à pensão no dia seguinte. Norman, que chegara mais tarde, não
interrompeu o sono do neto, mas pela manhã, o acordou logo cedo.
-E
as peças, não trouxe?
-Não,
o vendedor não tinha e parece que vai demorar pra conseguir.
-Não
comprou as peças, vi que não adiantou o desenho do outro automóvel... Ficou
fazendo o que a tarde toda? Quer saber, eu vou é limpar minhas botas que ganho
mais. E você vá estudar, porque desenho é a parte mais fácil de construir o
automóvel, você está muito longe de saber o resto.
Enquanto
se apoiava na mesa para estudar, Victor não deixava de pensar no perfume que
voltaria a sentir após algumas poucas horas. A manhã inteira não rendeu três
páginas de leitura.
Naquela
tarde, pedrinhas acertaram a janela do quarto de Lancia, que logo atendeu o
chamado. Victor aguardava abaixo, segurando uma cesta coberta. Após avisar que
desceria, passaram vinte minutos até ela sair pela porta da pensão, de cabelos
penteados, usando um corset que acentuava a forma que a camisola havia
escondido, e a saia cheia descia até os joelhos; nas mãos, carregava um livro
espesso.
Sentaram
numa colina arborizada longe do centro da vila, e Victor revelou o que continha
a cesta. Alguns pães doces e uma garrafa de vinho.
-Onde
você arranjou tudo isso?
-Lá
de casa mesmo – revelou, sem dizer que havia furtado do avô.
-Mas
que delícia, Victor. Ai, se eu soubesse que aqui tinha um cavalheiro como você,
eu já teria saído há tempos de Fultonson.
-Você
nasceu lá?
-Sim,
trabalhava na estação da vila. Então decidi morar em Leopold, mas primeiro
estou trabalhando na mina daqui para não chegar a Leopold com uma mão na frente
e outra atrás. Se for desse jeito, vou acabar sendo mais uma das mulheres da
casa de Claudette. Você conhece?
-Não...
-É
claro, que não. Que pergunta a minha...
-E
você consegue trabalhar na mina?
-Eu
não sou mineira, trabalho do lado de fora dela pelo período da manhã, apenas
carregando as pedras que são extraídas até a carvoaria. Mas mesmo assim é um
trabalho duro, viu? Estou aguentando porque sei que é apenas temporário.
-Então
você não vai ficar por aqui?
Lancia
estava a ponto de partir o coração do garoto, então logo tratou de mudar o
assunto. Pegou o livro que até então mantivera fechado, e mostrou a Victor. Era
um álbum de fotografias, tiradas na estação de Fultonson. Enquanto ela passava
as páginas, Victor se aproximava do corpo de Lancia, tentando captar a
fragrância que ele tanto gostava nela. Durante essa aproximação, a mão encostou
na perna de Lancia, por debaixo do livro aberto. Constrangido, tentou tirar a
mão mas ela, sem parar de comentar as fotos, moveu a perna para perto dele,
sinalizando que estava tudo bem.
O
coração passou a bater mais forte, como o motor do automóvel que havia dirigido
no dia anterior. Enquanto acariciava a perna, sua boca se encheu de água; após
uma longa sequência de páginas viradas, a mão de Victor desceu até o joelho e
voltou a subir, agora por dentro da saia. Sentiu o sangue bombear por todo
corpo, naquele minuto de medo e conquista, em que tocava a coxa nua de Lancia.
Enquanto apertava aquela carne macia, estranhamente quente, não viu o tempo
passar, e com a boca cheia d’água, ele engoliu tudo de uma vez quando um
barulho monstruoso interrompeu aquele momento.
Uma
nuvem de poeira e fumaça vinha do horizonte. Na ponta da nuvem, pôde-se
observar qual era a causa. Um jovem vestido de preto, com uma capa amarela,
óculos de proteção e um chapéu baixo, chegou próximo aos dois pilotando uma
máquina completamente bizarra. Victor rapidamente retirou a mão da saia de
Lancia quando percebeu a parada do jovem, e só então começou a se perguntar que
tipo de máquina era aquela. Parecia um automóvel, mas possuía apenas duas
rodas, tinha um motor enorme atrás da primeira roda, onde encimava o piloto.
Não tinha volante nem pedal de aceleração.
-Ei,
loira! Essa vila adiante é Fultonson?
Indignado
como ele tratava uma dama desconhecida, Victor mandou que ele ao menos descesse
do veículo. Com um riso de desdém, o jovem desligou a máquina, caminhou até os
dois e sentou-se do lado oposto a Victor, pressionando o corpo de Lancia ao
dele. Segurou o queixo dela com os dedos e olhou nos olhos, perguntando
novamente:
-Ei,
loira... Essa vila é Fultonson?
Ela
corou e com a voz quase muda respondeu que não. Victor estava furioso, mas não
se atrevia a enfrentar alguém tão maior. Resolveu então despachar o intruso.
-Segue
até o centro da vila, quando você avistar os trilhos da maria-fumaça, é só
seguir que em três horas de cavalgada chega a Fultonson.
-Tá
bom, menino. Mas agora acho que eu quero ficar aqui mesmo.
Olhando
os rostos dos dois tão próximos, Victor correu até o veículo do jovem.
-E
o que é isso? Onde você conseguiu? – a distração foi uma saída acertada, pois
subitamente o rapaz esqueceu Lancia e correu para impedir o menino de tocar no
veículo.
-Ei,
garoto! Não pega aí não, vai queimar a mão. Essa é a SnakeWhip, a motocicleta
mais rápida de Leopold – Victor viu o mecanismo de ignição, através de uma
corda puxada por cima do motor, e ficou intrigado com a novidade.
-Nunca
tinha visto uma dessas.
-Pois
é, as motocicletas foram inventadas apenas há dois anos, não é de se esperar
que não tenha nenhuma nesse fim de mundo. Agora dá licença que vou até
Fultonson, meu chapa.
O
jovem deu duas voltas com a SnakeWhip ao redor dos dois, envolvendo-os numa nuvem
de poeira, fumaça e barulho ensurdecedor, para depois sumir numa velocidade
enorme. Após a poeira ter baixado, Lancia se levantou, limpando o vestido e os
cabelos, e fez menção de voltar para a vila. A decepção tomou conta de Victor,
que passou a odiar e culpar aquele jovem que apareceu de repente e sumiu ainda
mais veloz.
Quando
caiu a noite e Norman chegou em casa, encontrou Victor dormindo, mas na mesa o
desenho terminado. Para surpresa, o desenho era algo completamente diferente de
um carro. Mantinha o assento e volante, mas apenas uma roda na frente e duas
atrás, sem capota, deixando o motorista completamente a vulnerável ao clima.
Quando
foi questionar o neto, já na manhã seguinte, foi pego de surpresa pela chegada
do Coruja Prateada, a invenção que cruzava os céus e marcou o surgimento do
dirigível. Afoito, o velho avisou a Victor que logo terminaria o automóvel,
pois o Coruja Prateada com certeza teria as peças necessárias em estoque, mas
era necessário ir até a vila o mais cedo possível, do contrário ele podia
levantar voo e ficariam novamente à mercê do comerciante local.
Quando
chegaram à vila, o velho foi direto ao dirigível, enquanto Victor foi até a
pensão. Sem obter resposta da janela, foi até a entrada e perguntou de Lancia
ao dono, e para a tristeza, descobriu que um jovem surgira na manhã, pilotando
uma máquina estranha, gritando por uma loira em todos os cantos da vila. Ela
acabou saindo com ele e levando quase nada de bagagem, de tal forma que tinha
deixado muita coisa no quarto da pensão.
Nos
dias seguintes, Victor sempre voltou à pensão procurando notícias de Lancia.
Depois do terceiro mês, ele não perguntava mais. A vida continuou do jeito de
sempre, até que dois anos se passaram e o centro da vila viu novamente suas
ruas serem percorridas por um jovem numa máquina estranha, de velocidade
incomum.
Quando
as pessoas, curiosas, perguntavam sobre aquela máquina, Norman respondia:
-Foi
desenhado por ele. Com três rodas, tem uma estabilidade muito grande, e com o
peso reduzido, alcança velocidades altíssimas. No final das contas ia ser o
presente dele, então eu não o impedi de fazer as modificações. O nome? Ah, ele
chamou de Victorious.
Acompanhando
os trilhos da maria-fumaça – na direção de onde brotava uma escuridão densa de
fumaça, a cidade de Leopold – com luvas e colete de couro de cobra, olhos
protegidos pelos óculos, cabelos soltos ao vento e um frasco de perfume vazio no
bolso da camisa, Victor partia para encontrar no mundo o prazer que a vida na
vila não podia mais conceder.
Oi!
ResponderExcluirNossa, curti a sua escrita. Você sabe como desenvolver tudo direitinho.
Aguardo outros textos seus. (:
Abraço!
"Palavras ao Vento..."
www.leandro-de-lira.com
Obrigado, Leandro!
ExcluirTentarei postar mais alguns contos aqui no blog.