Sinopse
O que você faria se um poderoso feiticeiro trancasse com magia o portal para sua casa?
Até onde você iria para conseguir o poder para desfazer esse sortilégio?
Você cruzaria seu mundo através de sombras e de perigos, só para rever aqueles a quem você ama?
Nesta aventura, sete jovens sentinelas da decadente Octoforte terão que superar seus medos e diferenças para cruzar o sombrio Mundo de Bhardo e conseguir reunir os Objetos Supremos, cujo poder é a única esperança que eles têm para desfazer a magia do misterioso bruxo Zebarãn. Mas ir contra os desígnios desse feiticeiro pode ser muito mais perigoso do que eles imaginam…
A fantástica história do Mundo de Bhardo - Octoforte e os Objetos Supremos é um livro infanto-juvenil e todos os aspectos que vou abordar aqui estão intrinsecamente relacionados a essa condição. O livro conta a história exata do plot descrito na sinopse. Um grupo de jovens passa por uma seleção acirrada e são colocados como sentinelas de certos portais que unem os diversos mundos à fortaleza que eles usam como morada. O vilão da história aparece e tranca estes portais, isolando os jovens no mundo de Bhardo. A partir daí, acompanhamos a viagem desses amigos para reunir Objetos Supremos, supostamente a maior chance deles para reabrir o portal e voltar para casa.
A influência de Tolkien é palpável até, pois a história usa muito das nomenclaturas da língua antiga de Bhardo, e o leitor não consegue se desvencilhar de uma comparação, ao menos com esse estilo de criar um mundo e sua própria língua. Como não sou muito bom de memória, achei que isso ia me atrapalhar na leitura, mas a autora soube dosar bem a quantidade de vezes que apareciam os nomes e suas explicações, de forma a fixar na cabeça do leitor sem ficar repetitivo (aqui vejo um ponto muito positivo com relação ao público IJ).
As personagens são bem definidas, cada um com sua personalidade e passado histórico. Isso ajuda no acompanhar da trama e como são todos bem diferentes, o leitor sempre vai achar um para ser o seu favorito. Particularmente achei a Jhade bastante apagada na história, mas como ela é "a quieta e mais retraída", achei que isso ficou de bom tom e condizente, mesmo que a autora não tenha feito isso propositadamente.
As descrições são bem feitas e mostram que a autora realmente pensou a fundo como seria o mundo de Bhardo antes de escrever o livro. O mapa (disponível no blog) e o apêndice no fim do livro mostram o background necessário para entender melhor o decorrer da passagens e dos locais visitados.
A narrativa eu achei satisfatória porém inconstante. Em certos momentos, necessitando de melhorias, mas em outros eu li e fiquei perplexo com a fluidez e naturalidade da escrita.
O que gostei:
Personagens bem definidos.
Leitura rápida e envolvente.
Foco na história, sem enrolações.
O que não gostei:
Algumas passagens da narrativa, com uso excessivo de adjetivos.
O livro terminar na metade, rsrs.
Um personagem é chamado de gênio durante toda a história, mas não deu motivo algum para ser considerado genial. CORREÇÃO: A Lívia me explicou que o gênio não é o adjetivo de genialidade, e sim a nomenclatura dada ao povo a que pertence o personagem, algo como o "gênio" de Alladin.
Não chegou a me atrapalhar a falta, mas um glossário no fim do livro poderia ajudar a quem precisasse.
Considerações finais:
A fantástica história do Mundo de Bhardo - Octoforte e os Objetos Supremos é uma grata surpresa, principalmente se for levar em conta que é um livro nacional de fantasia para o público infanto-juvenil. Mesmo eu não estando na faixa etária do públcio-alvo, aproveitei bastante e recomendo aos adultos que, como eu, conseguem se despir de preconceitos e aproveitar uma obra como Caverna do Dragão ou AVATAR: o último mestre do ar. Acreditem, o livro não deixa nada a dever se comparado a eles, e até compartilha vários elementos.
Compre na Amazon ou pelo clube de autores, para mais informações, acesse o link:
http://mundodebhardo.blogspot.com.br/